segunda-feira, 29 de maio de 2017

Guerra?

Descrição para cegos: em primeiro plano um grupo de policiais, alguns se protegendo com escudos, enquanto um deles atira. A foto capta o momento em que, disparada, o rastro de fogo do projétil sai do cano da arma. Ao fundo fumaça e coisas queimando. Sobre a calçada ao lado dos militares há um painel amassado. (Foto: Betinho Casas Novas)
                                                                                              Por Lucas Santos
Século XXI, 2017, América do Sul, Brasil. Ainda é tolerável que exista Polícia Militar. Quando digo tolerável, não falo que é algo aceitável, mas a sociedade discute e confronta a sua existência. Pessoas anseiam que ela continue do jeito que está e perpetue sua guerra. Pois estamos em guerra, guerra contra as drogas, guerra contra os marginais, guerra contra manifestantes, guerra contra os indígenas, GUERRA.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Violência, pobreza, fome e música

Descrição para cegos: nome “cabidela” escrito com sangue

Por Lucas Santos

         No dia 18 de dezembro de 2014 a banda Seu Pereira e o Coletivo 401 publicaram um videoclipe de uma música, intitulada Cabidela. Neste vídeo, dirigido por Alex Camilo, eles criticam a violência e a mídia. Juntando a música e o clipe, é construído o clima da história, que mostra o assassinato do Seu Pereira, morto em um bar, enquanto conversava com os seus amigos – mas o clipe vai muito além disso.
Enquanto a música prossegue a câmera se move com o assassino na sua moto atravessando uma comunidade, por becos e ruelas, onde a violência geralmente ocorre, mostrando a realidade. A música sempre fala da violência mas não a vê como o problema principal e sim uma consequência dos verdadeiros problemas, que são a fome e a pobreza.