Por Jailma Santos
A incitação ao crime e à violência é um
ato contra a paz pública, praticado quando um indivíduo induz outro a ação
criminosa. Essa é uma das violações à legislação que ocorrem frequentemente em espaços
veiculados na mídia brasileira.
É o caso de situações decorrentes de
um crime que causa comoção social e os jornalistas adotam um discurso que, de
certo modo, incita à vingança ou justifica a justiça pelas próprias mãos.
Não se deve propagar a ideia de vingança,
perpetuando um costume que não deu certo desde a antiguidade. É abominável o
discurso de que a população deve agir com as próprias mãos e cumprir a lei de
talião: “olho por olho, dente por dente”.
A experiência humana, depois de
tentativas e erros, ensinou que o mais correto para o bem da sociedade é aplicar
uma sentença adequada para o delito e, posteriormente, inserir o condenado em
práticas para a sua ressocialização. Dessa forma, tenta-se reestabelecer a paz pública
e evitar a reincidência do indivíduo.
O discurso de que “bandido bom é
bandido morto” apresentado em programas policialescos omite que ao matar um
bandido, você também comete um crime. Além disso, essa opção não garante uma
solução segura e permanente para a estabilidade social. Por isso, cortar a
ponta de um iceberg não significa a
extinção do problema.
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