Por Gerlane Neto
Uma das questões que colocam em
debate central as ações policiais, são as manifestações estudantis contra o
fechamento de escolas, como ocorre em São Paulo. A explosão de violência dos
agentes de segurança pública contra os jovens mostra a falta de preparo para atuar
nessas ocasiões.
O plano de reorganização das
escolas estaduais de São Paulo, anunciado no final de 2015, gerou uma crise no
ambiente escolar. Além da falta de diálogo do governo estadual com os alunos,
pais e professores, a proposta previa o fechamento de 94 escolas e
transferência de 311 mil estudantes. Os protestos, que primeiro ocuparam as
ruas da capital e de outras cidades paulistas, passaram para dentro das
escolas.
O movimento de ocupação das
escolas que começou em São Paulo chegou a outros estados, como Rio de Janeiro,
Minas Gerais e Paraná.
A ação truculenta por parte de
alguns policiais militares em reintegração de posse nas escolas, foi constantemente
denunciada pelos estudantes desde o início dos protestos.
A cada reintegração, as cenas de pânico
marcaram as desocupações das escolas. Segundo relatos de estudantes nos
noticiários e nas redes sociais, a ação da polícia consistia no abuso da força,
incluindo socos e pontapés. Ações violentas e arbitrárias como essas ferem
princípios constitucionais e fazem prevalecer uma política do medo e do caos
social.
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