Por Elidiane Ferreira
Uma nova forma de terapia para
homens processados com base na Lei Maria da Penha está sendo testada. São os
grupos reflexivos. Essa forma de terapia já era aplicada para outros
distúrbios,mas nos últimos anos começou a fazer parte das ações de proteção à
mulher com a finalidade de diminuir os índices de violência doméstica.
O grupo reflexivo é uma proposta
de ação específica cuja aplicação se enquadra no que é preconizado no artigo 45
da Lei Maria da Penha: “Nos casos de violência
doméstica contra mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório
a programas de recuperação e reeducação”.
As bases desses encontros estão estabelecidas na prática do trabalho com grupos pequenos atendidos em instituições e/ou em consultórios. Essas reuniões viabilizam, através do pensar, outra maneira de resolver conflitos que não utilizem a violência.
Os grupos debatem a desigualdade
entre homens e mulheres e visam desconstruir o machismo ainda presente na
sociedade. A intenção é fazer com que, por meio das conversas, o homem se
responsabilize pelo que fez e mude não só seu comportamento, mas seu pensamento
a respeito da mulher.
Frequentar esse tipo de grupo não isenta os agressores de
responder a seus processos, porém, a presença é considerada atenuante pelos
juízes na hora de determinar as penas.
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