quarta-feira, 27 de abril de 2016

Grupos reflexivos para homens enquadrados na Lei Maria da Penha


Por Elidiane Ferreira

Uma nova forma de terapia para homens processados com base na Lei Maria da Penha está sendo testada. São os grupos reflexivos. Essa forma de terapia já era aplicada para outros distúrbios,mas nos últimos anos começou a fazer parte das ações de proteção à mulher com a finalidade de diminuir os índices de violência doméstica.
O grupo reflexivo é uma proposta de ação específica cuja aplicação se enquadra no que é preconizado no artigo 45 da Lei Maria da Penha: “Nos casos de violência doméstica contra mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório a programas de recuperação e reeducação”.



As bases desses encontros estão estabelecidas na prática do trabalho com grupos pequenos atendidos em instituições e/ou em consultórios. Essas reuniões viabilizam, através do pensar, outra maneira de resolver conflitos que não utilizem a violência.
Os grupos debatem a desigualdade entre homens e mulheres e visam desconstruir o machismo ainda presente na sociedade. A intenção é fazer com que, por meio das conversas, o homem se responsabilize pelo que fez e mude não só seu comportamento, mas seu pensamento a respeito da mulher.
Frequentar esse tipo de grupo não isenta os agressores de responder a seus processos, porém, a presença é considerada atenuante pelos juízes na hora de determinar as penas.

   

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