Por
Elidiane Ferreira
Esta
semana um ato de violência sexual contra uma menina de 16 anos chocou a Brasil.
A menina sofreu um estupro coletivo, foi violentada por 33 homens. As imagens e
o vídeo circularam pela internet aumentando ainda mais a dor e o sofrimento
causados à jovem.
O enfrentamento a todo tipo de violência contra a mulher
deveria ser uma pauta permanente na sociedade, não apenas ou prioritariamente
do movimento feminista. As mulheres são estupradas, pois são consideradas como
objetos sexuais, como propriedade dos homens e não como pessoas dotadas de
direitos e vontade própria.
Alguns motivos levam os homens a se acharem no direito de violentar a mulher. Acreditam que a culpa é delas por incitarem o seu desejo sexual. Seja por estarem usando roupas curtas ou por estarem em determinado lugar sozinhas.
Todos estes “motivos” caracterizam a “Cultura do estupro”: é
sempre culpa da mulher ser estuprada, de ninguém mais. Essa expressão começou a
ser utilizado na década de 70, quando feministas americanas estavam promovendo
esforços para a conscientização da sociedade sobre a realidade do estupro.
A “Cultura do estupro” impõem que a mulher é culpada por
qualquer constrangimento sexual que venha passar: que é normal ser cantada na
rua, que é normal ser vista apenas como um objeto para satisfazer a vontade de
um homem.
O que a sociedade precisa para entender que a mulher não deve
ser forçada a nada? O que fazer para tornar a mulher alguém que deve ser
respeitada e cuidada? São tantas perguntas e quase nenhuma resposta.
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